Tuesday, June 27, 2017

Pré amplificador valvulado tentando sair da mesmice - estágio de tonalidade

Post 30 - Pré de guitarra valvulado com o reverberador com PT2399

Controle de tonalidade

   Para que se tenha um controle mais equilibrado no giro dos potenciômetros prefiro não utilizar a configuração “tone stake” que é a mais utilizada na maioria dos prés. 

    Usando uma topologia digamos “semi baxandal” (um baxandal sem realimentação) se gasta mais componentes mas os controles de graves e agudos ficam mais independentes (um não interfere no outro), no controle de agudos se consegue uma melhor atenuação dos agudos além de um equilíbrio melhor no giro dos potenciômetros.

   O dificil é escolher e definir os melhores valores para os componentes ao redor e os potenciômetros, praticamente feito por tentativa e erro.

Funcionamento

   R32 (220K) limita a quantidade de sinal que irá ao controle de graves e assim o montante de volume de sinal nos graves em relação aos agudos. Da mesma forma R35 (470K) limita o volume dos graves que vem do potenciômetro de graves. Se o volume de graves na posição de todo acentuado estiver forte demais (rebentando o alto falante) a preferência é aumentar R32.

  Os capacitores C17 e C18 estão equilibrados (um 10 vezes mais do que o outro) juntamente com a escolha de 100K para o potenciômetro para que o giro fique mais equilibrado entre a acentuação (o cursor curto circuita C17) e a atenuação (o cursor tira fora C18). Os graves não podem ser muito acentuados pois com o volume no máximo pode arrebentar o cone do alto falante (principalmente se for um combo com um único alto falante). Logicamente em baixos volumes faz parecer aos ouvidos que o controle de graves atua pouco, mas não tem jeito, é assim que tem que ser se se quer protejer o alto falante ou então usar um limitador igual a alguns amplificadores de contrabaixo (iría sair com compressão demais na guitarra).

   C15 tem a função de um filtro deixando passar só agudos (no caso escolhido de 150pF super agudos, se aumentar o valor passará mais médios junto). A grande diferença entre os valores de C15 e C16 deixam as frequências opostas bem distantes tendo assim muita atenuação e muita acentuação.
 
   R30 (330K) limita o volume de sinal que o potenciômetro irá ajustar. Aqui se tem um grande problema de dificil solução, pode acontecer do excesso de brilho causar uma realimentação com um apito agudo ao se aumentar o volume com o controle de agudos na acentuação máxima.

   Esse efeito desagradavel depende, do alto falante, do transformador de saida (se for bom demais dando uma extensão larga na faixa de audio), do volume de ganho total que se vai querer na amplificação final e do tanto de brilho em si que se quer ter ao girar o potenciômetro.

   R30 é como se fosse uma extensão do potenciômetro não deixando o cursor ir mais ainda nos agudos, assim aumentando R30 deixa o controle não ir tanto nos agudos e pode ser uma solução porém não tão atrativa pois reduz a ação do controle (como está se tem um controle de agudos super forte mas com risco de oscilação).

  O excesso de brilho se dá pelo fato de valvulados terem uma extensão muito larga na faixa de harmônicos de frequência (e sem ruido hisssss) e altíssima impedância. Para amenizar C11 e C12 cortam parte desse excesso.

  A melhor solução no entanto seria um truque de se usar um potenciômetro duplo no controle de volume de forma que uma metade desse potenciômetro limitasse o agudo enquanto a outra metade fosse aumentando o volume. Ainda farei um desenho assim mas é bem dificil de ajustar os valores perfeitos dos componentes.

  Os demais capacitores não precisam ser de alta voltagem pois a alta tensão DC já foi barrada pelos capacitores marcados 400V.

  Prefiro o controle de médio num circuito totalmente separado como deixei claro num post anterior.



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