Post 26 - Pré de guitarra valvulado com o reverberador com PT2399
Para exemplificar como seria a utilização do reverberdador com PT2399 num pré valvulado vou descrever
um pré que desenhei recentemente para um amplificador valvulado que construi e com alguns recursos a mais.
Considerações iniciais
Apesar de já ter consertado, desmontado e montado muitos amplificadores valvulados nos anos 70 (quase todos da
Giannini) parei por muitos anos de mexer com válvula. Naquele tempo não se tinha a gama de informações e conhecimento que sem tem hoje. Sou melhor com transistores e existem pessoas muito mais dedicadas
e fanáticas por valvulas do que eu, mas meu conhecimento e as fontes de informação que se tem hoje são suficientes para que eu desenhe o meu próprio baseado em esquemas já existente
pois logicamente é impossivel reinventar a roda.
O que é tomar um choque de 440V?
Não é nada agradavel, uma encostada de uma fração de segundo na ponta de um dedo, calçado
com sola de borracha e com a outra mão livre sem encostar em nada, se sente uma fisgada que sobe até no ouvido. Se a outra mão estiver encostada em algum lugar dependendo do material que a mão estiver
pode ocorrer um desmaio ou mesmo a morte.
Só me lembro de uma vez, por isso prefiro trabalhar com solid states onde posso usar as duas mãos ao mesmo
tempo e testar com tudo ligado.
Então por que válvulas?
Não resta dúvida, todo guitarrista sabe disso, por melhor que seja um amplificador solid states um valvulado
soa muito mais bonito para as guitarras. O pré SS descrito anteriormente dá um belo som mas qualquer valvulado não sendo muito meia boca soará melhor.
Onde está a diferença?
São muitas mas não interessa aqui a velha discussão válvula x transistor, interessa é
a prática da coisa no entanto para citar apenas uma e que considero a mais notavel é a maior compressão do sinal num circuito todo valvulado. Sobre o ponto de vista prático eu acho muito mais facil
lidar com transistores e integrados do que válvulas (contrariando a maioria). Os cálculos são mais chatos (é só comparar um cálculo de ganho de amplificador operacional com o de um
triodo por exemplo) e ainda tem os trafos pra calcular.
O que não está nos livros e a escola não
ensina?
Quando se tem um integrado operacional duplo (LM4558, TL072 etc) eles estão independentes dentro do mesmo chip
e os sinais não se misturam (já houve caso de misturar), quando se tem uma válvula duplo triodo (12ax7, 12at7, etc,) um triodo vaza no outro.
Logicamente tendo uma nuvem de eletrons indo do catodo para a placa, porque a nuvem de um catodo não poderia ir
para a placa do triodo ao lado? O quanto vaza depende da válvula, do ganho de amplificação, etc. E quanto isso atrapalha? Por exemplo se colocar um filtro mid scoop e ele poderá não funcionar
perfeito pois parte do sinal que não passa pelo filtro vai estar vazando no segundo triodo se o desenho do circuito tiver sido feito no mesmo duplo triodo.
A mesma coisa um reverberador que poderá estar com o volume no mínimo mas vazando reverber no segundo triodo.
Outra dificuldade é o fato da valvula amplificar demais, se for preciso desenhar um buffer ativo fica praticamente
impossivel além de ser um esperdício usar um estágio caro que é um triodo pra fazer um buffer. A menos que se misture transistor no meio das válvulas (como alguns valvulados ditos puro valvulados),
tem-se então que se contentar com buffer passivos com resistores o que não é tão eficiente.
O pré amplificador a seguir terá transistores mas não como buffers nem amplificadores com o sinal
passando por eles. Estarão lá para outras finalidades de efeitos que terá o pré além do reverberdador, que irão sendo explicados nos próximos posts.
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