Wednesday, May 27, 2020

Post 80 - Desenhando um pré com transistores - Cálculo diferente - parte 1


    O pré universal

  Eu já postei e falei sobre ele em alguns circuitos anteriores, com dois transistores em cascata se monta um pré universal, a topologia já é universalmente conhecida, já está pronta, falta então saber como se calcula os componentes ao redor de forma prática (isso ainda não mostrei anteriormente).

  Esta maneira de calcular que farei aqui com certeza não é o modo mais correto mas é uma maneira prática e bem mais facil por isso é ELETRÔNICA QUE A ESCOLA NÃO ENSINA. É assim que faço e dá certo.

  É calculado como se fosse dois circuitos em auto-polarização separados e depois ligados em cascata.

  Na topologia do pré universal o resistor de base passa a ser um só, somente para Q1 mas como se fosse também o resistor de base de Q2 (a realimentação continua negativa mesmo vindo do emissor que Q2).

     R3 que polariza o coletor de Q1 também polariza a base de Q2 (então deve satisfazer os dois transistores), mas Q2 também continua recebendo realimentação negativa pois a fase do sinal que vem do emissor de Q2 se inverte novamente em Q1 contrapondo a fase mais amplificada que sai do coletor de Q2 (a realimentação tem a amplitude de fase muito menor do que a amplitude que sai amplificada). Ambos os transistores ficam autopolarizados e recebendo realimentação.

 
  O ganho total será dado por: ganho Q1 x ganho Q2

  O primeiro transistor deverá ter um ganho bem maior que o segundo transistor (em torno de ganho 100 ou mais ou menos), Q2 será apenas um índice amplificador de que Q1 e deverá ter um ganho bem menor (menor que 20 vezes).

  Se o resistor de emissor em Q2 tiver um valor muito baixo (significando um maior ganho em Q2) isso reduzirá a injeção de realimentação negativa em Q1 pois parte do sinal morrerá no terra por isso o ganho em Q2 deve ser bem menor do que em Q1 (assim o resistor de emissor terá um valor mais alto).

  A corrente de cálculo no coletor de Q1 deve ser pequena e bem menor que a corrente de cálculo do coletor de Q2 (no coletor de Q2 pelo menos umas 10 vezes maior).

  Isto depende da tensão do sinal que for aplicada na entrada, enquanto maior o tensão do sinal estimada maior deverá ser a corrente para o coletor de Q2, se a corrente para Q2 for pouca coisa maior que a corrente em Q1 qualquer aumento da tensão de sinal na entrada fará a onda distorcer criando segunda harmônica (num pré para guitarra pode até ser está a intensão).

  Se o circuito fosse dois circuitos em autopolarização separados (com um capacitor no meio separando) cada resistor de cada base (resistor de realimentação local de cada um) teria seu valor entre 50 a 100 vezes maior que o valor encontrado de cada resistor de coletor (post77). Entretando este valor não é crítico e pode ser um valor bem menor se o valor encontrado para o resistor de coletor Rc for muito alto, o que acontece sempre no primeiro transistor pois a corrente estimada em Q1 será quase sempre muito baixa.

  Os dois resistores de base serão um só para a duas bases e deverá ter o seu valor mais próximo ao encontrado no cálculo para a base de Q2, como o valor não é crítico poderá ter seu valor modificado de modo a ajustar o circuito variando a injeção de realimentação negativa.

continua. . .

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