Wednesday, July 26, 2017

Pré amplificador valvulado tentando sair da mesmice - trêmolo melhorado

Post 32 - Pré de guitarra valvulado com o reverberador com PT2399

  Qual o problema dos trêmolos?

  Quando não é feito jogando um oscilador direto no bias, o circuito o trêmolo é conseguido variando um resistor LDR como se fosse um potenciômetro de master volume. Geralmente um oscilador lento é usado para piscar um Led ou uma lâmpada neon se o circuito oscilador for a válvula (topologia do oscilador chamado ponte de Wien é o mais usado).

  O trêmolo com LDR é mais usado pois não compromete o circuito de bias e neste circuito será usado transistores ao invés de uma 12AX7 só para isso.

  O problema que vejo (ou melhor que escuto) em todos os trêmolos de amplificadores é que o volume cai quando o trêmolo é acionado logicamente por causa do funcionamento que é aumentar e diminuir volume, mas o volume máximo é o que estiver ajustado pelo potenciômetro de volume.

  Assim o volume ouvido é o volume médio entre máximo e mínimo dando a sensação que o volume geral caiu.

  Para melhorar isso adicionei um LDR a mais no circuito de forma fazer aumentar o volume quando o circuito de trêmolo for acionado.

  Funcionamento

   Primeiro tem-se um oscilador formado por um transistor apenas. A ponte são os capacitores C26, C27 e C28 que fazem um defazamento numa realimentação positiva produzindo oscilação (é mais ou menos assim que funciona). Funciona de qualquer jeito mas para um funcionamento mais perfeito os capacitores devem ter seus valores próximos (eletrolíticos costumam dar muita diferença nos valores), valores maiores fazem o oscilador ficar mais lento.


  Quando o potênciometro de velocidade está com máxima resistência o circuito para de oscilar servindo para desligar o trêmolo. Ao mover o cursor diminuindo a resistência o circuito começa a oscilar (enquanto menor resistência mais rápido).

    Um potenciômetro logarítimo reverso (os marcados com letra C) atua melhor pois movendo apenas um pouquinho o circuito já liga, mas na falta de um anti-logarítmo serve um linear (letra B).

     Os valores eu já tinha pronto de algum circuito que não lembro de onde copiei, apenas acrescentei R54 e fiz uma divisão entre R52 e R53 com um capacitor no meio. Isto é apenas uma garantia que algum ruido de oscilação não apareça na linha de sinal. Assim como a alimentação antes da estabilização dos 13V para 10V.

  A diferença está aqui: num circuito simples de trêmolo apenas um transitor com um led é necessário para variar o LDR que atua como um potenciômetro conectado como resistor variavel.

    Aqui no entanto um segundo LDR atua diminuido a resistência em paralelo com R44 deixando passar mais volume de sinal, mas para isso o led neste LDR precisa permanecer aceso, o capacitor C23 não deixa o led apagar pois mantem a carga. Uma maneira mais simples possivel de mante-lo aceso.

     A quantidade de aumento de sinal ao se ter o trêmulo ligado em relação ao sinal sem trêmolo não precisa ser muita e pode ser modificado, aumentando o valor de R44 faz parecer que o trêmolo ficará mais alto ainda quando ligado.
  Um circuito ideal seria ter este led deste LDR piscando ao contrário do outro led mas isto tornaria o circuito mais complicado ainda sem necessidade.

  Um pedal com plug P10 pode ser usado para ligar e desligar o trêmolo ao invés do potenciômetro, assim já deixa o potenciômetro de velocidade pré ajustado.

   Não incluí um potenciômetro de profundidade (geralmente ao lado do de velocidade nos paineis dos amplificadores), a razão é que quando se usa o trêmolo na velocidade máxima todo guitarrista coloca na profundidade máxima e quando se coloca mais lento as vezes diminuem um pouco a profundidade.

   Neste circuito o potênciometro de velocidade já faz isso meio automático pois na velocidade bem lenta (antes de desligar) a oscilação não fica perfeita não conseguindo apagar o led completamente (pois está quase desligando) e assim diminuindo a profundidade. Desse modo ter um potenciômetro para profundidade seria mero enfeite no painel.


Saturday, July 22, 2017

Pré amplificador valvulado tentando sair da mesmice - controle de volume

Post 31 - Pré de guitarra valvulado com o reverberador com PT2399

Volume e master

     Como se trata de amplificador combo com só um canal não é necessário ter um controle de volume master. O sinal da primeira válvula (dois triodos) já vem bastante amplificado e assim ao passar pelo controle de volume (depois dos controles de tonalidade) mesmo com o potenciômetro em baixo volume já terá uma sonoridade boa com guitarras (o som não vai estar magro).

   Não havendo um potenciômetro de volume master é como se houvesse este e ele estaria sempre no máximo, a desvantagem é que sempre pode haver mais ruido vindo da segunda válvula que está depois do primeiro volume pois o controle master é sempre o último da linha.

   A maioria dos amplificadores sem master são dessa maneira com um só um controle simples de volume, mas neste circuito será usado um potenciômetro duplo para o volume sendo usado uma metade do potenciômetro como um meio master.
  
   Geralmente se usa uma válvula duplo triodo (12AX7) e meia, ou seja, com uma segunda válvula usando só a sua metade, a outra metade se usa para um segundo canal ou como inversora simplificada (dispensando uma terceira válvula), ou ainda simplesmente não usando como no pobre projeto do Fender Blues Jr que esperdiça meia válvula.

  Neste circuito este quarto triodo será usado em cascata (como num amplificador high gain) porém a ideia é ter um som limpo e alto. Válvulas 6L6GC não distorcem facilmente por si só e um circuito de distorção já foi adicionado no projeto.
   Este master será colocado entre os dois triodos e é mais como um segundo controle de volume do que master para ajudar a diminuir o ruido quando se tocar em volumes mais baixos.

  O resistor R40 (1K) não deixa o volume da segunda metade do potenciômetro zerar, alterando o valor desse resistor pode até liberar mais ganho, também ajusta melhor o giro do potenciômetro fazendo atuar mais logarítmo do que linear (tipo pra corrigir aquele gira só um pouquinho e o volume já foi todo e parece não atuar mais).

   O valor do potenciômetro de volume depende do quanto de volume de sinal se quer deixar passar em função do nivel de ruido. Os controles de tonalidade não sendo tone stack usam valores menores (100K nos graves e 20K para os agudo neste circuito), assim o valor máximo para o de volume seria 100K e liberaria bastante sinal e também bastante ruido (com a segunda válvula em cascata isso seria super exagerado).

  Com um valor mais baixo se tem uma impedãncia mais baixa numa entrada de alta impedância, abaixa o volume mas abaixa também o nivel de ruido, daí se amplifica mais no segundo e terceiro triodo.

  Será usado um potenciômetro linear duplo de 10K para um combo, no caso de cabeçote com caixas maiores e mais alto falantes poderia ser usado um de 20K.

  C19 (10nF) ajuda diminuir ruido humm no circuito, um valor menor que isso pode prejudicar os graves (ainda falarei sobre humm nesse projeto). R39 é bastante responsavel pelo volume geral, por exemplo se for usado um potenciômetro de 20K então R39 deverá ser maior que 10K.

  Os desenhos das etapas mostrados até aqui já são o desenho final mas alguns valores e númeração dos componentes ainda poderá ser mudado para o ajuste final depois da montagem completa. Tudo está sendo feito numa protoboard de testes e no último post sobre este amplificador estará desenho inteiro completo.