Tuesday, August 25, 2020

Post 83 - voltando ao post 41

    Vou dar um brake em transistores por enquanto pois decidi terminar o amplificador valvulado que comecei lá no post 41 (e varios posts a frente daquele). Apesar de ainda não ter feito a placa definitiva e outros detalhes já dá para construir uma caixa acústica para ele pois será em formato de combo.

    Vou mostrar aqui mais ou menos a maneira que eu faço para construir caixas. No passado eu já construi caixas de tudo quanto é jeito (desde 1973), apesar que minha primeira foi em 1969 de papelão cartão vermelho plastificada transparente grosso com detalhes pretos e as paredes internas de isopor, ficou bonita pra kacete mas o som ficou uma bosta (então essa não conta).

    Tipo de madeira

    Para um cubo de guitarra a maioria usa madeira aglomerada (tabas ou chapas prensadas de serragem com com cola) de 15mm ou 18mm, os fabricantes usam essas por serem mais baratas mas descobri com o tempo que elas não são boas (pesadas e amortecem demais a sonoridade).

   Uma caixa para amplificador de guitarra pode usar madeira mais fina e de preferência mais rígida (não muito macia) contudo as mais rígidas têm tendência a serem mais pesadas e peso é uma coisa que eu quero evitar.

   Uma caixa para contrabaixo as frequências baixas necessitam de mais amortecimento senão o som soa como uma sexta corda de guitarra frouxa soando como contrabaixo, mas uma para guitarra não e é justamente ao contrário, precisam de mais reflexão de som nas paredes internas pois ajuda as frequências médias e agudas.

   Desse modo eu uso uma chapa de compesado mais fina (6mm) colada com uma de compensado mais grosso (12mm) em partes internas onde necessitam reforço. A qualidade do compensado não dá muita diferença no som e assim pode ser um feito de madeira mais barata (se for cobrir com napa ou courvin por exemplo) ou mais leve ou mais pesada etc.

    Acabamento externo

   Para instrumentos geralmente usa-se a napa ou courvin (não sei bem a diferença nos nomes e nem os vendedores sabem) rígida que não estica muito.       No passado na minha cidade (Belo Horizonte) as lojas de sapateiro tinham essas napas aos montes (pretas, vermelhas, mais finas mais grossas) que alguns vendedores chamavam de “back”, eram aquelas cheia de bolinhas enrrugadas exatamente igual a dos amplificadores importados da época (nunca foram muito baratas e eram made in Brazil) mas em anos mais recentes ficou bem mais dificil de encontrar. Cola de sapateiro não tinha frescura pra vender (podia compra até pra cheirar).

    Mas para esse amplificador eu decedi tentar fazer diferente, vou pintar com tinta preta martelada pois onde moro (USA) a napa é cara pra kacete pois é vendida na internet para o intuito de cobrir amplificadores de guitarra com vendedores específico de instrumentos. Mesmo outros materias como o feltro (usado em Rolands) é danado de caro.

   A minha ideia é tentar imitar as caixas acústicas de som que tem sido feitas de plástico ultimamente, o plástico é muito bom para caixas (não era muito usado por ser caro mas novas ligas parecem ter barateado), me lembro do meu som Fisher (Ingles dos anos 60) que tinha caixinhas de plástico e um som excepcional. Imitar pelo menos no acabamento externo.

    Tamanho da caixa

    Por causa do tamanho do chassi que foi aproveitado de chapa de um computador desktop optei por usar um alto falante de 10 polegadas que vou retirar de um cubo Behringer que a caixa é uma merda de construção (e tem dois falantes). O alto falante também não é lá grande coisa, um Jensen italiano de 35W mas vou usar esse mesmo.

   O tamanho do chassi coincide mais ou menos com essa caixa para teclados da Roland KC-60 que tenho (que tem um falante muito melhor) e vou me basear nas medidas dela (praticamente a mesma medida). Ela tem os botões atraz e em cima como a maioria dos cubos, mas o meu chassi os botões são na frente, mas o espaço interno é o mesmo.

 

  Na foto as medidas do cubo da Roland, a parte trazeira o angulo é de 90° graus, pretendo curvar um pouquinho.

 Continua . . .