Thursday, June 28, 2018

Um valvulado mais simples


Post 48 -  Guibson Falcon - Unidade de potência

  Este é o esquema definitivo da potência. A potência funciona bem e “clean”, com e sem realimentação (feedback Fb) vinda do trafo de saida. Sem realimentação há um maior ganho, as más linguas (quero dizer os livros) dizem que um amplificador nunca deve funcionar sem nenhuma realimentação, ou seja completamente aberto pois desgastam as válvulas de saida (um desgaste talvez de 0,0000...00001%), então para não contrariar os livros, põe ali no resistor R5 um resistor de uns 47K ou 100K se quizer um ganho maior, e 15K se se quizer o mesmo valor do circuito original do Falcon.

  No meu circuito o valor será 10K porque terá um LDR iluminado por um led atravez de um circuito vindo do pré que será visto mais tarde.

  O quê que esse LDR tá fazendo ali?

  A ideia em meus amplificadores é sempre ter o melhor som possivel adequado para guitarras, a ideia ali é ter um pouquinho de compressão ou uma especie de “sag” nas notas tocadas pois o som é muito brilhante e estalado, o LDR fará o serviço direto na unidade de potência. No entanto o LDR não está localizado na placa da potência e estará na placa do pré.
  Poderia até ter uma chave de compressão liga e desliga, mas como é muito pouco é melhor ficar ligado direto.

  Devo deixar claro que este caso de realimentação e ganho por ali depende muito do trafo de saida, com outro trafo diferente pode haver comportamento diferente.

  Os capacitores podem ser de cerâmico (geralmente são para 1000V como os que usei) ou de poliester para 450V (tanto faz, não vai dar diferença nenhuma no som). Os resistores alguns podem ser de 1/8W (depende de saber onde), mas quando não marcado no esquema é melhor colocar tudo de 1/4W pelo menos.

  Unidade de potência com trêmolo

  Neste amplificador é muito dificil ter um circuito de trêmolo usando LDR como fiz no amplificador anterior. O pré amplificador só terá uma 12AX7, ou seja apenas dois circuitos ativos e fica muito dificil colocar um LDR atenuando o sinal junto com outros circuitos sem perder volume (falta outra 12AX7 para compensar perdas).

  Neste caso será usado um trêmolo atuando direto no bias do circuito, é mais simples e não perde ganho. A desvantagem é que não dá para ter um ajuste do valor de bias simplesmente girando um trimpot onde ele está na placa sem afetar o trêmolo. O desenho terá que ser modificado, explicarei quando for a vez do desenho do trêmolo.
   
 O trimpot R13 e o resistor R12 simplesmente serão retirados do circuito dando lugar a um simples “jump” (um pedacinho de fio) conectando direto o -Bias nos resistores R10 e R11.

  O desenho da placa é mostrado do lado dos componentes (o traçado de cobre está por baixo) e há um furo a mais onde está o microtrimpot para se fazer o “jump”. A placa serve para montagem com os dois tipos, amplificador com trêmolo ou sem.

  Foi desenhada num software para circuito impresso e quando uso o software nunca sei se o formato salvo em .PNG ou .BITMAP está do tamanho correto, por isso coloco as medidas em centimetros. O desenho deve ser ajustado para as medidas se ao imprimir der um tamanho diferente (eu imprimo direto do software). Em outros desenhos mais simples uso simplesmente o Painter do Windows.

  Na foto R7 está com 3K9 (pois não tinha um 3K3), tanto faz.

  Esta potência usa um divisor de fase com apenas 1/2 12AX7 chamado de "concertina" e já visto como funciona no post 36 de Setembro de 2017, assim sobra 1/2 12AX7 para o amplificador de tensão aumentando o ganho e então da pra fazer um pré só com uma 12AX7.


Sunday, June 24, 2018

Um valvulado mais simples


Post 47 Guibson Falcon - Erros e acertos

  De volta de viajem posso finalmente continuar minha montagem.

  Após o amplificador ligado (sem o pré) funcionou de primeira, não precisei nem ajustar o bias, com o cursor do microtrimpot no meio (como deixei) já bateu -9,5V. Não uso lâmpada em serie para teste como a maioria faz, tenho tanta certeza do que faço que não preciso usar.

  Usei um trafo de saida que eu já tinha feito muito antes baseado no trafo do Fender Blues jr que é para tensão mais alta e mais alta impedância o que certamente me daria um som bem “clean”. Deu super clean e com alto ganho, mas ainda tentarei fazer um trafo um pouco mais econômico.

  Montei então um pré ainda improvisado para ir testanto e modificando. A foto mostra uma plaquinha (a esquerda) onde está a alta tensão e na protoboard em baixo em baixo onde faço os testes (a protoboard é grande e fica com outras coisas montadas). A plaquinha onde são soldados o 4 potenciômetros (volume, agudos, médios e graves) já é definitiva e terá um post separado sobre o controle de tom e o desenho dela.

  O que deu certo e o que deu errado até agora

  O protetor automático de 120/220V simplesmente parou de funcionar não havendo os 12V no redutor de tensão a base de reatância capacitiva (eu já havia dito que não gosto desse sistema, mas é o jeito barato), assim conectei os fios do relé direto só para seguir a montagem (onde está uma fita crepe azul sobre o relé) e depois decido o que fazer nesse protetor.

  O trafo de força está esquentando muito, depois de 3 horas funcionando (ao se colocar a mão está pelando), a tensão já cai logo de cara para cerca 292V (ao invés de uns 310V) com o bias em -11V (com -9,5V cai para 288) e o filamento para cerca de 6V. Isto significa que o trafo está um pouco subdimensionado, deveria ter os fios mais grossos para mais corrente ou ter uma resistência mais baixa. Calculando então por altos a regulação, esta está em torno de 8,5% e o ideal seria algo em torno de 5%. De resto está super silencioso.

  Dá pra ficar desse jeito por enquanto pois pretendo melhorar um pouco este trafo (desenrolando e modificando) mas sem trocar os fios, pois a ideia é ter um trafo justo, pequeno e econômico que funcione satisfatoriamente. Farei isto por último usando a mesma medida de núcleo e ai então colocarei os dados melhorados, também por último colocarei os dados do trafo de audio (e mais ou menos como se enrola um) pois este ficou excelente.

  Fios dos filamentos

  Pela foto pode-se observar como deve ser a ligação dos filamentos, fio 18AWG do trafo até a última EL84, dai fio 20AWG na outra EL84 e dai fio 22AWG nas 12AX7, ou seja, vai diminuindo a bitola (usei fios vermelho e azul e vermelho e preto).

  Os fios devem ser rígidos (fios usados em parte eletrica de residências), no alto afastados do chassi (o contrário do que é dito por ai na internet que devem ficar perto ou encostado no chassi), porque?

  Rígidos para não se moverem (sendo grossos não quebrarão facilmente) apesar que na realidade varios fiozinhos juntos conduzem melhor corrente do que um único fio rígido grosso (mas aqui é mais importante ficarem bem posicionados sem mover), e não encostados no chassi porque ao contrário do que pensam (que o chassi vai blindar), não vai não, vai é ficar muito mais perto dos outros pinos das válvulas podendo gerar ruido humm.

  Devem ser trançados (ligeiramente trançados, não é preciso enrolar um no outro igual um doido não). Porque que é trançado? Tem algumas explicações diferentes por ai mas aqui vai a minha:

  A tensão dos filamento é alternada, como neste caso a tensão é dividida em duas fases (3,3V Ct 3,3V) ao se trançar tem-se uma melhor chance das fases se anularem a medida que estas estão induzido a tensão externamente nos fios.

  A tensão deve ser alternada nos filamentos, nada de retificar ou estabilizar a tensão de filamentos, isto é invenção das novas gerações que não conseguem saber o porque que está dando ruido humm no amplificador e então culpam os filamentos.

Depois continuo...